Um de meus amigos me disse que está pensando em passar alguns dias em sua aldeia. Numa vila que fica no topo de uma montanha na fronteira da Galiza com Portugal, ir nesta época do ano é bom porque lá noutra altura, quando não é verão, faz bastante frio. Porque já estivemos lá por volta de outubro e o vento está muito frio. Para combater o frio, quase todas as casas têm chaminés nas quais podem acender uma fogueira para aquecer as zonas da casa onde vão ficar.
O tio do meu amigo construiu uma casa ao lado da casa da família e para não ter de construir a lareira, contratou uma empresa de Serviços geotérmicos (Geotermia) Lisboa para poder aquecer a casa e a água. E, aparentemente, foi um sucesso porque estive na casa do tio do meu amigo e a casa dele está sempre quente, mesmo quando está nevando lá fora. A cidade do meu amigo é muito pequena mas pelo menos tem uns dois bares onde você pode tomar um drink quando quiser, porque na minha cidade não tem bar há muitos anos e se quiser tomar um drink no bar você tem que caminhar muito tempo ao sol até duas cidades depois da minha. É aí que você percebe que as cidades têm cada vez menos vida e deixamos que isso continue acontecendo. Como vivemos em cidades onde não falta nada, não vemos como as cidades têm cada vez menos serviços essenciais para uma vida normal, mas é assim.
Na minha casa da aldeia não temos lareira como em quase todas as casas, mas temos um fogão de ferro que funciona perfeitamente como cozinha e um fogão central da casa, mas é raro alguém lá ir no verão.